Século VIII da Rus’ Kyiviana

 
Caracteristicas do século

Quase o período todo é tomado pelas desordens e discórdias, nos negócios internos de Moscou e de seus domínios.  O início das perturbações da ordem pública teve com a descontinuidade dinástica. Para que o descontrole se aprofunda-se, o egoismo e a injustiça dos boyare entrou como fator preponderante, bem como o estado de ignorância do povo – desacostumado que foi, durante o período de opressão tártaro-mongol, a respeitar a honra e o patrimônio do próximo e do bem público; também contribuiram para agravar as desordens e as deiscórdias: os kazaki e os demais “huliashchie liudi“, e os poloneses. 

Com a expulsão dos poloneses, a paz não retornou. As rebeliões continuaram, mesmo durante os tempos de Aleksei Mikhailovich.  Devido a unidade entre o Estado e a Igreja, o Poder Central se fortaleceu, durante os séculos 16 e 17, que não mais precisava defender-se.  Ao mesmo tempo, os direitos da casta militar se ampliaram e se fortaleceram, chegando ao ponto de se apoderar de grande quantidade de terras. Os camponeses são ligados às terras por interesses econômicos – krepostnoie pravo.

O Santo Representante da Igreja Ortodoxa de Moscou, de conformidade com os novos tempos, recebe o título de Patriarca. Agora, as autoridades e o Patriarca dedicam-se à correção de “livros de ofício religioso“, que apresentaram muitos erros – introduzidos durante o processo de transcrição e/ou de tradução.  A correção só foi terminada durante o Patriarcado de Minov Nikita Nikon.  Muitos não reconheceram a validade das correções e se afastaram da Igreja Ortodoxa de Moscou (raskolniki).

                     huliashchie liudi   —   Designação genérica de ‘servos alforriados’ , de camponeses foragidos, de “posadskikh liudei” (vendedores ambulantes)   –   os que não tinham ocupação definida e nem residência determinada.  Não eram submetidos a cobranças de tributos, nem pelo Moscou e nem pelos principados – feudos. Viviam, na maioria das vezes, pela prestação de trabalhos de bico. 

                       raskolniki  —  Nome oficial dos partidários e adeptos dos “velhos ritos” ortodoxos (staroobriadtchestvo)”raskol” (nome do movimento dos raskolniki). Separação da parte de fieis da Igreja Ortodoxa, por não reconhecerem as reformas eclesiais de Nikon (1653 – 1656).  Na segunda metade do século 17 e no século 18, serviu de bandeira ideológica dos movimentos de oposição anti-feudal.

  • staroobriadtchestvo
    Nome genérico dado a totalidade de grupos religiosos e Igrejas que não aceitaram as reformas eclesiais de Nikon e que se tornaram opositores ou adversários da Igreja Ortodoxa Oficial.  Até 1906, eram perseguidos pelos governantes tsaristas.

    Apresentam diversas tendências:

    • popovtsy,
    • bezpopovtsy,
    • behlopopovtsy,
    • outras tendência e entendimentos.
  • Minov Nikita Nikon (1605 – 1681)
    A partir de 1652, Patriarca de Moscou. Promoveu as reformas da Igreja Ortodoxa de Moscou que acabou por provocar o cisma (raskol). Rompeu as relações com o Tsar, por querer ingerir-se nos assuntos das políticas internas e externas do Estado, sob a alegação de que “sviashchenstvo vishche tsarstva” (Sacerdócio acima do Estado).
    Em 1658, abandonou o Patriarcado, já que pelo Sínodo, realizado em 1666 / 1667, foi-lhe caçado o título de Patriarca.  Foi exilado para a Sibéria.
  • Krepostnoie pravo
    Forma feudal de dependência dos camponêses, fixando-se-os à terra e à dependência administrativa e jurídica da autoridade do proprietário-feudal.

    Krepostnoie pravo foi legitimado pelo Sudebnik de 1497, pelos decretos dosanos interditivos [anos finais do século 16, nos quais foram proibidas as transferências de camponêses de um feudo para outro, no outonal Yurev den’(dia de Yurev)], pelos decretos dos anos determinados (urochnie leta) [perídos de 5 anos, de 15 anos, e outros, no decurso dos quais os proprietários feudais podiam incitar a busca, para reaver, os camponeses foragidos ] e, finalmente, pelo “Sobornoie ulozhenie” de 1649 (Código de leis e normas, promulgado pelo Zemski Sobor, realizado em 1648/1649).

  • Yurev den’
    É o dia de 26 de novembro (Calendário Juliano), um dos dois dias santificados em honra de São George, quando os camponeses podiam ser transferidos de um proprietário feudal para outro, nos séculos 15 e 16.

    Sudebnik de 1497, estabeleceu um prazo para a transferência: começando uma semana nates e terminando uma semana depois do “dia de Yurev”. 

Fëdor Ivanovich (1557 – 1598)
Foi o último Príncipe da dinastia dos Riurikovichi, assumindo o trono em 1584.  Segundo filho de Ivan IV, diferenciava-se pela saúde precária e debilidade das habilidades mentais, razão porque o trono de Moscou foi entregue para Boris Godunov – qu era seu cunhado. Godunov era um boyare de longa visão e mostrtou-se um tsar sábio e inteligente .   Livrou-se de todos os seus inimigos, colocando-os em desgraça e deportando-os para o exílio. Cercou-se de homens fieis e tornou-se soberano pleno – o governante absoluto.   Manteve relações com os Estados ocidentais, construiu cidades e ergueu fortalezas nas fronteiras. Construiu, na costa do mar Branco, o ancoradouro e porto de mar de Arkhangelsk (arkhangelskaia havan’).  Durante o seu governo foi firmada definitivamente a independência do Patriarcado de Moscou e, definitivamente, os camponêses foram fixados à terra.  Em 1591, foi assassinado o tsarevich Dmitri, irmão do tsar sem herdeiros, que seria o seu sucessor. Seis meses depoi, morria o próprio Fedor Ivanovich.

Boris Godunov (1552 – 1605)
Grande Príncipe de Moscou (1598).
Com abdicação da tsraina Irina do trono, esposa de Fëdor – irmão de Godunov, seguindo a insistência do Patriarca Iov, os partidários de Boris Godunov convocaram Zemski Sobor que acabou por eleger Boris para o grande trono.

A desconfiança do novo tsar (agora legitimado) e o receio das maquinações dos boyare desencadearam desgraça e deportações, além do mais o boyare Fedor Nikitin Romanov teve seus cabelos tosquiados em nome do Inok Filaret, e o seu filho menor Mikhail foi deportado para Beloozero.

A exacerbação dos boyare, mais a pobreza do povo, coincidindo com a péssima produção agrícola dos últimos três anos seguidos e mais a peste, fizeram com que os habitantes de Moscou se voltassem contra o tsar – culpando-o por tudo.  Boris tentando aliviar a fome, concedeu aumentos salariais aos trabalhadores nas construções do governo (kolokol’nia Ivana velikoho) e promoveu assistência aos pobres dando-lhes esmolas. Mas o povo permanecia descontente, na esperança da concretização dos rumores que diziam estar chegando o tsar legítimo – Dmitri.   Preparando-se para enfrentar o tsar impostor – o falso-Dmitri (L’zhe-Dmitri), Godunov já no leito da morte, no seu testamento, entregava o grande trono de Moscou para o seu filho Fëdor.

Fëdor Borisovich (1589 – 1605)
Filho de Boris Godunou e tsar sucessor-testamentário de Moscou de abril a maio de 1605 que, com a aproximação de Moscou de L’zhe-Dmitri I, foi deposto e assassinado.

Lzhedmitri I (? – 1606)
Tsar de Moscou (1605 – 1606).
O impostor, provàvelmente era Hrihori Bohdanovich Otrepiev – um diácono foragido do monastério masculino Chudov (Chudov monastyr) do Kreml de Moscou (segundo relatos do governo de Boris Godunov), e que se dizia ser filho de Ivan IV.  Em 1601 apareceu na Polônia com o nome de Dmitri – o filho de Ivan IV, o Terrível.   Em 1604, junto com os destacamentos militares lituano-polonêses atravessou as fronteiras da Rus’, recebendo apoio por uma parte dos habitantes das cidades, dos cossacos e dos camponeses. 
Acabou por se tornar tsar, pretendendo manobrar politicamente entre os poloneses e os proprietários-feudais da Rus’.  Foi assassinado pelos boyare conjurados.

Vasili IV Shuiski (1552 – 1612)
Tsar de Moscou (1606 – 1610).
Filho do Príncipe I. A. Shuiski, liderava uma oposição secreta a Boris Godunov, dando apoio a Lzhedmitri I. Depois, promoveria uma conspiração contra Lzhedmitri.

Já de idade avançada, indeciso e inábil para governar, foi escolhido pelos cidadãos e pelos boyare para o trono. Como decorrência, sua administração foi bastante limitada.
Assumindo o trono de Moscou, esmagou levantes camponeses de I. I. Bolotnikov, fortaleceu a servidão. Na luta contra a Polônia e contra Lzhedmitri II, fez acordo com a Suécia que, como consequência, porovocou a intervenção sueca. Foi deposto pelos moscovitas e enclausurado no monastério como monge. Morreu prisioneiro polones. 
Pelo Principado de Moscou correm rumores do aparecimento de Lzhedmitri II – “tushinskoho vora” (usurpador de Tushinsk).

  • Bolotnikova vostanie
    Um levante popular de 1606 – 1607, no qual tomaram parte kholopy, camponeses, posadski liudi, streltsi, e kozaki, contra “krepostnichestvo”, sob a liderança de Ivan Isaievich Bolotnikov. 
  • Ivan Isaievich Bolotnikov (? – 1608)
    Era kholop foragido, tinha sido escravo tártaro. Organizou e dirigiu destacamentos militares insurgentes nas regiões do sul da Rus’ (em torno de 70 cidades fizeram parte), em Moscou, em Kaluga, em Tula (onde houve lutas intensas por 4 meses).
    Em 1607 foi exilado para Karhopol (cidade às margens de Onega), cegado e afogado.

    kholopy
    Durante os séculos 10 e 11, categoria de habitantes dependentes dos feudos que, segundo direitos legais, se aproximava da servidão. Não podiam ser proprietários de terras, executavam algumas tarefas dentro dos feudos.  Nos século 17, obtiveram o direito de explorar a terra e pagar tributos para o governo.  Com a introdução de “podushna podat’ “, em 1772, foram transformados em camponeses servos (krepostni krestiane).

    podushna podat’
    Imposto direto, de 1772 e durante o século 19, segundo o qual todo homem, independente de sua idade, devia pagar ao governo. 

Lzhedmitri II (? – 1610)
tushinski vor” (usurpador de Tushinsk)
Impostor de origem, desconhecido. Em 1607, se apresentou como se fosse o tsar Lzhedmitri I revivido.  Em 1608 – 1609 fundou um arraial em Tushinsk, nas proximidades de Moscou, de onde tentou apoderar-se da capital. Não obteve sucesso.  Com a invasão polonesa, apavorado refugiou-se em Kaluga onde foi assassinado.

Mikhail Fedorovich (1596 – 1645)
O primeiro tsar da linhagem dos Romanov, escolhido pelo “Zemski sobor” em 1613. Doentio e incapaz de governar, Mikhail entregou a adminstração para o seu pai Filaret, até 1633; depois os boyare administraram o país.  Graças aos documentos convocatórios, para salvar otechestvo e pravoslavie (a pátria e a ortodoxia), emitidos pelo Mosteiro da Trindade da Gruta Serhiev, um grande contingente de voluntariado, sob o comando do Príncipe Dmitri Pozharski, e auxiliado pelo “starosta zemskoho” de Nizhni Novgorod – Kozma Minin Sukhoruki, dirigiu-se a Moscou que, a duras penas, conseguiu libertar a cidade dos poloneses, pondo fim à rebelião. 

A 21 de fevereiro de 1613, a grande “Zemskaia Duma” (Conselho dos Representantes Locais) elegeu, após um longo interrogatório, para ocupar o trono de Moscou, o Mikhail Fedorovich Romanov, com a condição de promover imediatamente a pacificação interna e externamente. 

Em 27 de fevereiro de 1617, Mikhail assinou “Stolbovski mir” com a Suécia (Acordo de Paz de Stolbovo), segundo o qual Novgorod retornava para a Rus’.  Em 1º de dezembero de 1618, Mikhail assinava o “Deulinskoie peremirie” com a Rzeczpospolita, para um período de 14 anos e meio, na cidade de Deulino, nas vizinhanças do Mosteiro da Trindade da Gruta Serhiev. 

Moscou cedeu para a Polônia as terras das localidades de Smolensk, de Chernihov, e de Novgorod-Seversk – os territórios cedidos incluiam ao todo 29 cidades. 

  • Mosteiro da Trindade da Gruta Serhiev
    Monastério fundado, no século 14, por Serhei Radozhenski, a 71 km ao norte de Moscou (hoje, Zahorsk – até 1930 era Serhiev). 

Alekseiev Mikhailovich (1645 – 1676)
Foi um dos melhores governantes de Moscou. Era fiel aos preceitos da Igreja, jejuando e obedecendo a todos os rituais. Era portador pleno dos sentimentos eclesiais.  De caráter brando e muito calmo, não ofendia a ninguém; caso tivesse cometido algum deslise contra alguém, logo pedia desculpas – era pacifista total.   Nos primeiros anos de sua administração, teve como conselheiro o seu tio B. I. Morozov, durante os anos 50 aconselhava-se com o Patriarca Nikon e, finalmente, com o boyare A. S. Matveiev. 

  • B.I. Morozov (1590 – 1661)
    Era boyare e preceptor-(educador) de Aleksiev Mikhailovich.
    De fato, era quem governava Moscou, entre 1645 – 1648.
    Quando tentou fazer reforma financeira, provocou revolta geral de 1648, sendo destituido em outubro, todavia permanecendo em Moscou. 
    Até o final dos anos 50, exerceu alguma influência política sobre o governo.
  • Patriarca Nikon – Minov Nikita Nikon (1605 – 1681) 
    Patriarca de Moscouv, a partir de 1652. 
    Promoveu reformas eclesiais que, como consequência, produziram o raskol (cisma). Em 1658, por decisão do Sobor de 1666 – 1667, foi destituido do Patriarcado e foi exilado para norte da Rus’ (1658).
  • Artamov Serheievich Matveiev (1625 – 1682)
    Boyare e amigo do tsar Aleksei Mikhailovich.
    Tomou parte na repressão do levante de Moscou de 1662.
    A partir de 1671, exerceu as funções de diplomata. Em 1676 caiu em desfavor tsarista. Quando, em 1682, voltou a Moscou foi assassinado pelo strel’tsy. 
  • Strel’tsy
    Nos séculos 16 a 18, “sluzhilie liudi” (casta militar) que compunham o contingente militar permanente a serviço do tsar.  Os “strel’tsy” eram recrutados entre os livres do povo, das cidades e dos campos. Recebiam soldos em dinheiro, pão, às vezes terras por serviços prestados. Viviam em “sloboda” (arraiais nos subúrbios), constituiam famílias, tinham a ocupação de artes e ofícios, e dedicavam-se ao comércio.

    Tomaram parte ativa no “levante de Moscou” de 1682 e no “levante dos Strel’tsy” de 1698. Com a criação das forças armadas regulares, por Pedro I, os Strel’tsy foram abolidos.

Os tributos insuportáveis, as injustiças vividas pelo povo, as repercussões das desordens antigas, evocavam uma série de revoltas populares em diversas cidades (Moscou, Ustiuh, Sol’vitchehodsk, Novgorod, Pskov, o Levante de Razin, o levante de Brukhovetski, etc.).

  • Ivan Martynovich Brukhovetski (? – 1668)
    Hetman da Ucrânia da Margem Esquerda do Dnipro, de 1663 a 1668.
    Lutou pela separação definitiva da Ucânia de Moscou.
    Foi assassinado pelos kozaky.
  • Levante de Razin ou Krestianska Voina Razina (1670 – 1671)
    Guerra dos camponeses sob o comando de Stepan Timofeievich Razin cossaco (kozaky) do Don .

    O levante camponês abrangeu as regiões de Don, Povolozhzhie, e Zavolozhzhie (ambos os lados do Volga). A guerra eclodiu como consequência da forte opressão e da exacerbação mútua dos lados oponentes (camponeses e proprietários feudais).  Comandantes chefes dos camponeses: S. T. Razin, Vasili R. Us, F. Shelidiak, e outros. Forças atuantes: os camponeses, os kozaky, os posadskie liudi, e os forasteiros de outros povos (chuvashi, mari, mordva, tártaros).

    Em agosto de 1670, Razin, à frente de um exército de 10 mil homens, partiu de Tsaritsyna sobre Moscou e, em setembro do mesmo ano, sitiou Simbirsk. Ao mesmo tempo, eram dominadas as localidades de Kurmysh, Alatyr, Saransk, Penza, e outras. Mas em setembro, as forças dos insurretos, sofriam uma derrota em Simbirsk.  Em abril de 1671, Razin foi entregue pelos kozaky abastados (zazhytochni kozaky) para o governo tsarista. Foi executado em Moscou.

  • Vasili R. Us (? – 1671)
    Cossaco de Don. Em 1666 chefiava movimento campesino-cossaco no curso superior de Don. Em 1670 tomou parte na tomada de Tsaritsyn, Chorni Yar, Astrakhan.  Em julho de 1670 tornou-se ataman (otomano) dos kozaky de Astrakhan. 
  • ataman
    1. Comandante de destacamento militar que era independente da autoridade governamental, muitas vezes, eram grupamentos de banditos – ou corja fora da lei.

    2. Mais tarde, comandante chefe do exército dos cossacos (havia: ataman militar, nomeado, e koshevoi). 

    2.1 koshevoi
    Chefe do governo dos cossacos de uma unidade administrativa territorial (okruh, otdel, stanitsa, khutor), na Zaporizhs’ka Sich. Era escolhido por um Conselho da Sich. 

A unificação da Malorosia [era a denominação da Ucrânia, em meados do século 17, nos atos oficiais da Rus’ Tsarista (de Moscou), assim como na historiografia fidalga e da burguesia] com o Estado de Moscou desencadeou duas guerras com a Polônia.

  • Velikaia Rosia – Rus’ Tsarista de Moscou – O Estado de Moscou
    A partir da segunda metade do século 17, nome oficial da parte da Rus’ povoada pelos povos primordialmente russos. Mas já, nos títulos tsaristas, era lembrado no século 16. 

    Como idéia geográfica, adquiriu o significado com a unificação da Ucrânia da Margem Esquerda (que era conhecida como Malorosia) com Moscou. 

    No século 19, passou a ser Velikorosia.

  • Velikorosia
    No século 19 e inícios do século 20, nome oficial da parte européia do Império da Rússia, que integrava o Estado de Moscou, até meados do século 17, onde a população era predominantemente russa – compunha-se de 30 hubernias. 
  • Hubernia (governadoria)
    Principal unidade territorial administrativa em 1708. Dividia-se em uiezdy. 
    Alguma hubernias uniam-se para constituir o heneral-hubernatorstvo.
    • heneral-hubernatorstvo
      Unidade territorial administrativa (1771 – 1917), que englobava uma ou várias hubernias ou oblast’, que era governada por um heneral-hubernator (personalidade adminmistrativa local de alta posição dentro do Estado de Moscou).
    Atos essenciais de Aleksandr Mikhailovich

    • Sobornoie ulozhenie de 1649
      Coletânea de leis do Estado de Moscou, aceito pelo Zemski Sobor de 1648 – 1649. Pela primeira vez foram elencados os delitos contra o Estado
      Foi formalizado o direito de servidão (krepostnoie pravo).
      Serviu como código básico do direito russo até a primeira metade do século 19.
    • Criação de novas instituições de Estado:
      • departamento de atos secretos
      •          ”            de cavalaria (reitarski, do alemão Reiter)
      •          ”            de cereais (khlebnyi)
      •          ”            de atos contábeis
      •          ”            de malorosia (para assuntos “pequeno-russos ou ucranianos”)
      •          ”            de monastérios 
    • Fixação domiciliar definitiva das classes oprimidas ao local do seu nascimento.
    • Incentivos a colonizadores da Sibéria: A. Bulyhin, O. Stepanov, E. Khabarov.
    • Criação de cidades novas: Narchinsk, Irkutsk, Selenhinsk.
    • Fez com que alguns boyare demonstrassem interesse pela educação e cultura: 
      A. L. Ordyn-Nashchekin, A. S. Matveiev, Príncipe V. Vholytsin.
    • Do primeiro casamento – com Maria Milaslavska, deixou dois filhos:
      Fedor e Ioann, e algumas filhas.
    • Do segundo casamento – com Nnatalia Narishkina, deixou um filho:
      Pëtr, nascido em 1672.

     

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